
“[…] Em um caminho onde muitos desistem, é o esforço que supera o talento. Não espere o momento perfeito para começar, comece com o que tem e onde está. […]”
Confira nossa entrevista com Matheus Herculano, aprovado em em 3° lugar (Cotas) no concurso ANM para o cargo de Especialista em Recursos Minerais – Especialidade: Tecnologia da Informação – Governança e Inovação/DF:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Matheus Ribeiro Gomes Herculano: Sou o Matheus Herculano e tenho 29 anos, nasci e cresci em Ceilândia no Distrito Federal, formado em Análise de Sistemas pelo UniCeub. Até o momento sou Sargento no Corpo de Bombeiros Militar do DF.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Matheus: Apesar da carreira de bombeiro ser muito atrativa, principalmente na atividade fim, eu sabia que queria algo que me desafiasse em outros aspectos além da atividade operacional.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Matheus: Sim, conciliava o trabalho no CBMDF com os estudos. A rotina era intensa, mas eu aprendi a aproveitar cada minuto livre. Usava plantões mais tranquilos para revisar conteúdos, vez ou outra até com a viatura parada eu lia algum material ou resolvia flashcards, escutava videoaulas no carro e mantinha uma rotina disciplinada mesmo com a agenda apertada. Organização e comprometimento foram essenciais.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Matheus: Estou aprovado em:
Provisóriamente 6°(ampla) e 2°(cota) ANM, ainda falta a etapa de títulos,
2°(cota) no STJ para Analista de Sistemas,
3°(ampla) e 1°(cota) PCDF 1°(cota) para Gestor de Desenvolvimento de Sistemas,
1° (cota) CODEVASF Analista de TI,
19° BRB Analista de TI,
Também estou com aprovação no TRF1, TSE e TRT 10 porém com classificações não tão boas.
E sim, continuo estudando. Estou de olho em oportunidades dentro da área de tecnologia com salários acima dos 20 mil iniciais.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Matheus: A vida social ficou bem limitada. Priorizei os estudos por um bom tempo, abrindo mão de festas e encontros. Mas sempre tentei manter um equilíbrio, com pequenos momentos de lazer com a família e amigos, sem culpa, mas com consciência.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Matheus: Sim, tive muito apoio. Minha família sempre respeitou minha rotina de estudos, e os amigos mais próximos entenderam meus “sumiços” temporários. Essa compreensão foi essencial para que eu mantivesse o foco sem carregar um peso emocional.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Matheus: Ainda continuo estudando focado para área de TI. Até o momento acumulo 14 meses de estudo direcionado. Porém para o concurso do STJ, que é órgão que desejo muito trabalhar, foram 7 meses de estudos e para a ANM foram 10 meses. Para manter a disciplina, tratei o estudo como um trabalho: com horário, metas e resultados a alcançar. Sempre ficava mentalizando as conquistas materiais e pessoais que um cargo público melhor poderia proporcionar para mim e para minha família e revisava minhas conquistas para não perder o gás.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Matheus: Usei principalmente cursos em PDF e videoaulas. Os PDFs me deram profundidade e foco, enquanto as videoaulas me ajudaram nas matérias mais teóricas e naqueles dias em que a leitura estava mais pesada. Também fiz uso de sites de questões e abusei dos flashcards. A principal vantagem foi a flexibilidade; a desvantagem é que às vezes a variedade de conteúdos podia gerar dispersão.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Matheus: Conheci por indicação de um amigo que também estudava para concursos, em 2016 quando estudei para o CBMDF. Nessa nova jornada de estudos comecei a acompanhar vídeos gratuitos no YouTube, depois adquiri alguns materiais pontuais e depois cursos completos. Foi um divisor de águas na minha preparação.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Matheus: Sim, utilizei materiais de outros cursos no início da minha caminhada. O que mais me incomodava era a superficialidade do conteúdo e a falta de organização. Sentia que os materiais não iam direto ao ponto e, ao mesmo tempo, não aprofundaram o suficiente para os detalhes que a banca cobrava. Além disso, havia muitos erros em questões comentadas e desatualizações frequentes.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Matheus: Sim, participei de alguns concursos, mas os resultados não foram satisfatórios. Apesar do esforço, percebi que o material fazia diferença e foi justamente essa frustração que me fez buscar algo mais sólido e completo, o que encontrei no Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Matheus: Sim, os materiais do Estratégia têm profundidade, organização e o professor tende a direcionar o aluno para os pontos mais importantes e aponta os aspectos menos relevantes quando o assunto é imenso.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Matheus: Optei por estudar com ciclos e com mentoria de um professor. Alternava matérias que exigiam mais decoreba com as que demandavam mais raciocínio. Estudava em média de 3 a 5 horas líquidas por dia, adaptando conforme os plantões no quartel. Planejamento semanal e metas diárias me ajudavam a manter o foco sem perder a flexibilidade.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Matheus: A mentoria que eu fiz tinha um esquema de revisão mensal, além de usar o ANKI para revisão espaçada. Todo final de semana eu fazia um simulado e treinava uma discursiva.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Matheus: Resolver questões foi essencial. Era como afiar a espada para a guerra. Além de reforçar o conteúdo, me ajudava a entender o estilo da banca e as pegadinhas mais comuns. Fiz mais de 20 mil questões durante minha preparação, e posso dizer com tranquilidade que isso foi um dos pilares da minha aprovação.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Matheus: Tive bastante dificuldade com Português. Para superar, intensifiquei a resolução de questões comentadas e busquei videoaulas específicas para reforçar os pontos mais problemáticos. Além disso, criei resumos simples e objetivos para revisar com frequência e evitar esquecer.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Matheus: Na semana da prova, foquei 100% em revisões e resolução de questões. Nada de conteúdo novo. Separei os resumos das matérias mais cobradas e revisava todos os dias. No sábado, véspera da prova, estudei só pela manhã e deixei o resto do dia para descanso e concentração. Alimentação leve, cabeça tranquila e confiança no processo.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Matheus: Sim, houve prova discursiva. Treinei bastante por meio de redações semanais, com foco em temas da minha formação. Além disso, lia textos bem escritos para melhorar vocabulário e estrutura. Meu conselho é: escreva! Quanto mais você pratica, mais confiante se sente no dia da prova. E não negligencie a correção, mesmo que seja por você mesmo, com base em espelhos e critérios da banca.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Matheus: Erros:
– Tentar estudar tudo de uma vez no início.
– Não revisar com consistência nos primeiros meses.
– Subestimar a discursiva nas primeiras tentativas.
Acertos:
– Corrigir a rota rapidamente.
– Usar ferramentas de desempenho e estatísticas para focar no que mais caía e direcionar o esforço para minhas dificuldades.
– Escolher materiais certos e confiar no método até o fim.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Matheus: Em nenhum momento quis desistir, sempre tive o pensamento que o tempo aria do mesmo jeito, estudando ou não. Sempre mentalizei que era melhor fazer um sacrifício agora de dois ou três anos e poder desfrutar eternamente das conquistas.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Matheus: A jornada do concurseiro exige mais do que inteligência: exige persistência, estratégia e, acima de tudo, autoconfiança. Em um caminho onde muitos desistem, é o esforço que supera o talento. Não espere o momento perfeito para começar, comece com o que tem e onde está. Com constância e foco, os resultados chegam. Lembre-se: cada hora estudada é um o mais perto da sua nomeação. E quando chegar lá, vai perceber que cada renúncia valeu a pena. Vá com tudo!