Aprovado em 2° lugar (CR) no concurso Câmara Municipal de Araraquara/SP para o cargo de Procurador
Jurídico“[…] Hoje o nível dos concursos está tão alto que existe diferença de preparação para um Defensor Público, um Advogado Público, um Magistrado e um Promotor. Então, o segredo, é estudar muito e de forma específica e direcionada, sem alterações. Com isso, a vitória é certa.”
Confira a nossa entrevista com Maciel Oliveira Gonçalves, aprovado em 2° lugar (CR) no concurso Câmara Municipal de Araraquara/SP para o cargo de Procurador:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Há quanto tempo se formou em Direito? Qual sua idade e cidade natal?
Maciel Oliveira Gonçalves: O meu nome é Maciel Oliveira Gonçalves, sou formado em Direito pela Unesp, desde 2016. Tenho 37 anos e sou natural de Bauru-SP.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Escolheu o seu curso superior já pensando em fazer concurso ou chegou a advogar?
Maciel: Eu comecei a vislumbrar a possibilidade de estudar Direito quando estava terminando o curso de Técnico em Informática (Processamento de Dados), com meus 17, 18 anos. Na época, eu fiz estágio na Caixa Econômica Federal e vi que a remuneração do pessoal de lá costumava ser maior do que a dos trabalhadores da iniciativa privada, como regra. Então, eu comecei a pensar em qual curso seria melhor para concursos, vindo a concluir que seria Direito. Depois disso, comecei a estudar para o vestibular. Na época, eu tinha acabado de sair do ensino médio da escola pública com inúmeras dificuldades já que o ensino era péssimo e, por esse motivo, até entrei no curso de Direito em uma universidade pública, com 23 anos, idade mais avançada do que aquela dos demais colegas. Portanto, sim, escolhi o curso superior já sabendo que queria concursos.
Estratégia: Sempre fez concursos para carreira jurídica?
Maciel: A minha trajetória nos concursos começou muito cedo. O primeiro foi durante o curso técnico, para estagiário em informática da Prefeitura Municipal de Bauru. Fiquei pouco tempo, porque comecei a fazer estágio logo em seguida, na Caixa. Aos 19 anos, eu ei no concurso de Assistente de e Acadêmico II – Técnico em Informática na Unesp de Bauru. Nesse período, eu conciliava o trabalho com os estudos para o vestibular até que, quando ei, pedi exoneração, visto não ser possível me transferir de campus. Dei prioridade ao curso. Quando cheguei em Franca em 2011, sem emprego e sem renda, voltei a prestar concursos próximos até que, em agosto do mesmo ano, fiz o concurso dos Correios e ei em 12º na região de Ribeirão Preto, para o emprego público de Agente de Correios – Atendente. Fiquei um pouco mais de um ano até assumir o emprego público de Técnico Bancário na Caixa Econômica Federal. Também fiquei pouco mais de um ano e logo assumi o cargo de Oficial de Promotoria no MPSP. Na época, eu optei pelo Ministério Público, porque esse novo cargo, me permitiria aprender mais sobre a área jurídica, que era a área para a qual estava estudando, mesmo que a remuneração fosse inferior e a possibilidade de ascensão na carreira fosse quase nula. Não me arrependo, pois aprendi muito no MPSP e tive ótima convivência com os promotores e outros servidores. No MP, eu fiquei por quase 10 anos, saí no meio do ano de 2023, porque estava estudando para a carreira de Procurador Jurídico e, então, eu assumi o cargo atual em que estou, o de Procurador do Serviço Autônomo de Águas e Esgotos de Garça-SP. Portanto, desde que me formei, eu só tenho prestado concursos para as carreiras jurídicas. Inicialmente, eu comecei com Magistratura, depois Analista de Tribunais Trabalhistas, Delegado e, finalmente, migrei para as procuradorias. Um alerta aos concurseiros: procurem escolher de início a carreira almejada e fiquem nela. Essas mudanças prejudicam a preparação.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Maciel: Sim, sempre trabalhei, só fiquei alguns poucos meses sem trabalhar no ano de 2011, quando pedi exoneração do meu cargo de Técnico em Informática na Unesp de Bauru por ter ido cursar Direito na Unesp em Franca. Durante a faculdade, eu também trabalhei. É um desafio conciliar estudo e trabalho. Confesso que na faculdade, não estudava para concursos, pois eu já tinha os compromissos com a faculdade e não conseguia tempo para estudar para outros concursos. Depois do término da faculdade, eu comecei a estudar para concursos apenas por volta dos anos de 2017, 2018, inicialmente para Magistratura, mas sem muito compromisso. Só comecei a ter mais estabilidade de estudo durante a pandemia, até por que, o teletrabalho me ajudou demais com a otimização do tempo. É difícil conciliar trabalho e estudo, então, a disciplina precisa ser rigorosa para dar conta.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Maciel: Já fui aprovado em vários concursos: Técnico em Informática na Unesp em Bauru (3º); Agente de Correios – Atendente (12º); Técnico Bancário na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil; Oficial de Promotoria no MPSP (15º); Escrevente Técnico Judiciário no TJSP (8º); Procurador Jurídico nos Municípios de Piratininga/SP (6º); Taiuva (1º), Pratânia (9º); Reginópolis/SP (1º); Cordeirópolis (6º); Pirajuí (1º); Getulina (5º); Câmara de Bauru (9º); Câmara Araraquara (2º), entre outros.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Maciel: Eu estudo para as Procuradorias desde o final do ano de 2022. A disciplina é fundamental. Consiste em acordar cedo, por volta de 5h30, estudo até umas 10h e depois vou trabalhar. Quando dá tempo, estudo mais um pouco à noite.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Maciel: Hoje, o meu estudo é apenas através de material de curso preparatório (PDF). Eu vejo videoaulas só para assuntos difíceis com os quais nunca tenha tido contato. Quando corro na esteira, eu também deixo alguma videoaula rodando, mas fora isso, é só material teórico, legislação e questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Maciel: Eu conheço o Estratégia desde 2017, gosto do material, porque une bem a teoria às questões. Depois que adquiri a Vitalícia, eu fiquei muito contente, pois facilmente teria o a um excelente material a qualquer momento.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Maciel: Antes do Estratégia, usei o CERS, que era só com videoaulas. A ausência de um bom material escrito e questões faz muita falta.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Maciel: Posso dizer que fui aprovado na OAB, em 2016, com o material do CERS. Mas para concursos, não.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Maciel: A estruturação do material do Estratégia, com teoria seguida de questões é crucial na minha opinião. Essa metodologia me agrada muito. Quando tenho dúvida em algum ponto, vejo a videoaula. É um método exitoso.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Maciel: O meu plano de estudos é baseado em um cronograma de curso específico para Procuradorias, então, existe uma alternância entre matérias, conforme o dia. Estudo, hoje, aproximadamente entre 3h e 4h líquidas.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Maciel: Não tenho uma metodologia específica para fazer revisões. Geralmente, termino o cronograma e depois vou reando.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Maciel: A resolução de exercícios é fundamental, foi o que me permitiu ter notas maiores nos concursos. Não sei dizer quantas questões fiz, mas pelo material do Estratégia, eu faço todas aquelas existentes no final do material e também resolvo algumas de um outro cursinho.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Maciel: Estudei normalmente o cronograma geral e fui fazer a prova. Não houve nada de diferente. Quando é um concurso para o qual estou me dedicando especificamente, se tiver material antes da prova, como os de Reta Final, eu uso.
Estratégia: Concursos para carreira jurídica são compostos por várias fases. Como foi sua preparação para a prova discursiva? E para a prova oral?
Maciel: Ainda não enfrentei a prova oral, mas para discursivas e peças processuais uso livros específicos de preparação e complemento com os materiais do Estratégia ou de outros cursos preparatórios.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Maciel: Um grande erro é desfocar nos estudos. Como disse, comecei a estudar para Magistratura, depois para Analista de Tribunal do Trabalho, depois Delegado e, finalmente, estudo para Procuradoria. Esse é um grande erro que deve ser considerado pelos concurseiros iniciantes, pois perde-se muito tempo com as adequações e, muito conteúdo, você acaba tendo que aprender conforme a sistemática da carreira escolhida. Um grande acerto foi o estudo mais focado em Jurisprudência e a resolução intensiva de questões.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Maciel: Novamente: não desfoque! Escolha uma carreira e fique nela. Eu sei que, às vezes, nos cansamos de estudar tanto para um determinado cargo e, quando chega a desaprovação, vem a frustração. Aí, de repente, surge um outro concurso, “parece” que poucas adaptações vão resolver, mas isso é um grande engano. Hoje, o nível dos concursos está tão alto que existe diferença de preparação para um Defensor Público, um Advogado Público, um Magistrado e um Promotor. Então, o segredo é estudar muito e de forma específica e direcionada, sem alterações. Com isso, a vitória é certa.